Já expliquei, inúmeras vezes, o que significa espírito de
“Izunomê”. Vejo, porém, que é difícil praticá-lo, pelas poucas pessoas que o
conseguem realmente. Na verdade não é tão difícil. Se conhecermos e
assimilarmos o seu fundamento, não haverá dificuldades. A ideia preconcebida de
que é difícil é que tolhe a ação. Ao mesmo tempo, como me parece que ainda não
deram muita importância ao assunto, sou levado a escrever repetidas vezes sobre
ele.
Em síntese, “Izunomê” significa “princípio imparcial”, isto é, manter-se sempre no centro. Não é “Shojo” nem “Daijo”: é “Shojo” e “Daijo” simultaneamente, ou seja, significa não tender aos extremos, nem decidir-se de maneira impensada.
Naturalmente não podemos fugir à decisão de determinadas questões, mas a dificuldade está no julgamento. O espírito de “Izunomê” assemelha-se à arte culinária: o alimento deve ser temperado na justa medida – nem doce, nem salgado. Assemelha-se também ao clima – nem quente, nem frio. É o clima agradável da Primavera e do Outono. Se os homens adotassem esse espírito e agissem de acordo com ele, seriam estimados por todos e tudo lhes correria bem. Entretanto, os homens de hoje mostram acentuada tendência ao radicalismo. Temos o melhor exemplo na Política. Os políticos professam princípios radicais, denominando-os de partido direitista ou esquerdista. Como esses pensamentos estão associados à obstinação, eles vivem em conflitos. E tudo isso prejudica grandemente o país e o povo.
O método “Izunomê” deveria ser adotado na Política; contudo, há pouca probabilidade de aparecerem políticos ou partidos que tenham consciência disso. A guerra origina-se, também, do choque gerado pela imposição de princípios extremistas.
Verificamos, através de pesquisas, que os conflitos religiosos também surgem de “Shojo” e “Daijo”, isto é, da diferença entre o sentimento e a razão. Nesse caso, deve-se estabelecer a união encurtando a linha perpendicular e a horizontal pela metade, o que significa uma solução pacífica. Assim, não é difícil entrar-se em entendimento.
A propósito desse assunto, podemos observar que sempre há conservadores e renovadores em todos os setores, mesmo no religioso. O primeiro grupo compreende os velhos crentes, aferrados à tradição, os quais detestam as novidades; o segundo compreende os progressistas, que, tendendo ao extremismo, desprezam tudo que é antigo. Daí surge a discussão, a causa do conflito, que poderia ser facilmente resolvida pelo método “Izunomê”.
A Religião, também, exige um profundo conhecimento da época. Todavia, os religiosos são indiferentes a esse ponto, demonstrando forte inclinação para considerar a tradição milenar como um código de ouro. Sendo a Fé algo espiritual – a Verdade absoluta e eterna – não é possível modificá-la. Mas o mesmo não se aplica ao sector administrativo. Este corresponde à parte material da Religião e deve acompanhar as mudanças da época.
O que acabamos de dizer implica numa perfeita ação espírito-matéria, ou seja, devemos agir sempre de acordo com o método “Izunomê”. Assim, é escusado repetir que não se conquista a alma do homem moderno praticando fielmente métodos antiquados. O essencial é compreender que a ação de “Izunomê” é a verdade fundamental de todas as coisas. Desejo que os fiéis tenham profunda consciência dessa verdade, e por isso estou sempre pregando o espírito de “Izunomê”.
Em síntese, “Izunomê” significa “princípio imparcial”, isto é, manter-se sempre no centro. Não é “Shojo” nem “Daijo”: é “Shojo” e “Daijo” simultaneamente, ou seja, significa não tender aos extremos, nem decidir-se de maneira impensada.
Naturalmente não podemos fugir à decisão de determinadas questões, mas a dificuldade está no julgamento. O espírito de “Izunomê” assemelha-se à arte culinária: o alimento deve ser temperado na justa medida – nem doce, nem salgado. Assemelha-se também ao clima – nem quente, nem frio. É o clima agradável da Primavera e do Outono. Se os homens adotassem esse espírito e agissem de acordo com ele, seriam estimados por todos e tudo lhes correria bem. Entretanto, os homens de hoje mostram acentuada tendência ao radicalismo. Temos o melhor exemplo na Política. Os políticos professam princípios radicais, denominando-os de partido direitista ou esquerdista. Como esses pensamentos estão associados à obstinação, eles vivem em conflitos. E tudo isso prejudica grandemente o país e o povo.
O método “Izunomê” deveria ser adotado na Política; contudo, há pouca probabilidade de aparecerem políticos ou partidos que tenham consciência disso. A guerra origina-se, também, do choque gerado pela imposição de princípios extremistas.
Verificamos, através de pesquisas, que os conflitos religiosos também surgem de “Shojo” e “Daijo”, isto é, da diferença entre o sentimento e a razão. Nesse caso, deve-se estabelecer a união encurtando a linha perpendicular e a horizontal pela metade, o que significa uma solução pacífica. Assim, não é difícil entrar-se em entendimento.
A propósito desse assunto, podemos observar que sempre há conservadores e renovadores em todos os setores, mesmo no religioso. O primeiro grupo compreende os velhos crentes, aferrados à tradição, os quais detestam as novidades; o segundo compreende os progressistas, que, tendendo ao extremismo, desprezam tudo que é antigo. Daí surge a discussão, a causa do conflito, que poderia ser facilmente resolvida pelo método “Izunomê”.
A Religião, também, exige um profundo conhecimento da época. Todavia, os religiosos são indiferentes a esse ponto, demonstrando forte inclinação para considerar a tradição milenar como um código de ouro. Sendo a Fé algo espiritual – a Verdade absoluta e eterna – não é possível modificá-la. Mas o mesmo não se aplica ao sector administrativo. Este corresponde à parte material da Religião e deve acompanhar as mudanças da época.
O que acabamos de dizer implica numa perfeita ação espírito-matéria, ou seja, devemos agir sempre de acordo com o método “Izunomê”. Assim, é escusado repetir que não se conquista a alma do homem moderno praticando fielmente métodos antiquados. O essencial é compreender que a ação de “Izunomê” é a verdade fundamental de todas as coisas. Desejo que os fiéis tenham profunda consciência dessa verdade, e por isso estou sempre pregando o espírito de “Izunomê”.
Meishu-Sama, 25 de abril de 1952
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