Durante longo tempo, tive contacto com vários tipos de
pessoas. Desse contacto, concluí que, para viver, o mais importante é saber
diferenciar o homem bom do homem mau, principalmente por existirem muitos
chantagistas ultimamente, cada qual possuidor de características particulares.
Vejamos.
Em primeiro lugar, os homens maus são incrivelmente “hábeis”
no falar. Muitas vezes fico deslumbrado com essa habilidade, mas me acautelo
contra ela. Nesse ponto, é difícil encontrarmos excepções. Em segundo lugar,
eles falam muito alto e são persistentes. Outra coisa contra a qual devemos nos
acautelar é que alguns nos pressionam, e outros, ao contrário, agem com
gentileza, o que é muito curioso.
Em geral, imaginamos que as pessoas perversas têm aspecto
horrendo, mas, na maioria das vezes, acontece o contrário, ou seja, elas se
mostram bastante gentis e afáveis. De facto, pensando bem, veremos que, se os
chantagistas tiverem “face de bandido”, as pessoas se acautelarão e por isso a
possibilidade que eles têm de sucesso será pequena; entretanto, apresentando
uma face delicada, será mais fácil ludibriar os incautos.
Agora falarei sobre o homem bom. Pela minha longa
experiência, observei que, ao contrário dos homens maus, a maioria dos homens
bons não é “hábil” no falar, mas seus trabalhos apresentam bons resultados.
Isso é muito natural, pois uma pessoa que consegue enganar os outros por saber
falar com habilidade, começa, instintivamente, a viver enganando o próximo, ao
passo que quem não tem essa habilidade, não consegue enganar ninguém e por isso
tenta obter bons resultados através do próprio esforço.
Meishu-Sama, 9 de julho de 1949
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