Os fiéis da nossa Igreja estão bem cientes de
que o objectivo de Deus é a construção do mundo ideal, de perfeita Verdade, Bem
e Belo.
(…) neste mundo, existem coisas erradas. Há
casos, por exemplo, em que a Fealdade se associa à Verdade e ao Bem. Ao ver
tais factos, muitas vezes as pessoas fazem deles alvo de admiração e respeito.
Em termos mais claros, desde tempos remotos, não são poucas as pessoas que,
comendo e vestindo-se precariamente, morando em cabanas, enfim, vivendo uma
vida miserável, realizam práticas virtuosas para o bem do próximo e da
sociedade. Realmente, se suas condições de vida fossem desfavoráveis, isso
seria inevitável para elas poderem sobreviver, mas algumas, mesmo tendo
condições para viverem de modo diferente, escolhem espontaneamente tal forma de
vida, o que acredito não ser desejável.
(…) neste sentido, desde que não ultrapassem
as condições adequadas a cada indivíduo, as vestes, a alimentação e a moradia
do homem devem ser utilizadas da maneira mais bela possível, porque isso está
de acordo com a Vontade Divina. Além do mais, o Belo não é simplesmente uma
satisfação individual, mas também o que causa uma sensação agradável aos
outros; assim, podemos dizer que é uma espécie de boa acção. Na verdade, quanto
mais alto grau de civilização a sociedade alcançar, tudo deverá se tornar mais
belo.
(…) dentro de casa, deve-se sempre ter o
cuidado de não deixar teias de aranha no tecto, de conservar o assoalho tão
limpo que não haja nem um cisco, de arrumar logo os objectos desagradáveis à
vista e deixar os utensílios bem organizados.
Assim, tanto os moradores da casa como as
visitas sentir-se-ão bem, o sentimento de respeito nascerá naturalmente, e o
conceito do chefe da casa também se elevará. Devemos, ainda, cuidar do aspecto
externo das residências.
Através disso, exerceremos boa influência
sobre os indivíduos e, em grande escala, muito mais do que pensamos, sobre a
sociedade e a nação. E mais ainda; através desse ambiente belo, os sentimentos
dos cidadãos também se tornarão belos, e os crimes e os acontecimentos
desagradáveis diminuirão, o que, consequentemente, se tornará um dos factores
determinantes do Paraíso Terrestre.
Finalizando, escreverei a meu respeito. Desde
jovem eu gostava de tudo que dissesse respeito ao Belo. Embora fosse muito
pobre, cultivava flores em espaços vazios e, quando dispunha de tempo, pintava
quadros. Sempre que me era possível, visitava museus e exposições. Na Primavera,
apreciava as flores, e no Outono, o bordo.
Agora, pela graça de Deus, a minha vida se
tornou mais afortunada, e, além de apreciar o Belo como desejo, isso constitui
uma ajuda para a realização das actividades da Obra Divina.
(…) Actualmente, quando o mundo está para se
tornar Dia, a salvação é efectuada num estado paradisíaco, de modo que é
necessário reflectir profundamente sobre esse ponto.
Meishu-Sama em 11 de Julho de 1951
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