by **~~Love´s Alchemy~~**

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

A CAUSA DAS DOENÇAS E O PECADO - Ensinamento de Meishu-Sama


A causa das doenças são os nódulos constituídos pela mistura de sangue sujo e pus, os quais se formam como reflexos das máculas do espírito. Mas de onde surgiram e como vieram essas máculas? Elas se originam dos pecados.
Há dois tipos de pecados: os gerados nesta vida e os hereditários. Estes últimos são o acúmulo global dos pecados cometidos por muitos antepassados; os primeiros representam a soma dos actos pecaminosos praticados pela própria pessoa.
Nós que vivemos actualmente, não somos seres surgidos do nada, sem relação com nada. Na verdade, representamos a síntese de centenas ou milhares de antepassados e existimos na extremidade desse elo. Somos, portanto, seres intermediários de uma sequência infinita, formando uma existência individualizada no tempo. Em sentido amplo, somos um elo da corrente que une os antepassados com as gerações futuras; em sentido restrito, somos uma peça como a cunha, destinada a firmar a ligação entre nossos pais e nossos filhos.
Para explicar as doenças causadas pelos pecados dos antepassados, preciso falar sobre a vida após a morte, isto é, sobre a constituição do Mundo Espiritual.

Ao deixar este mundo e passar pelo portão da morte, o homem tem de despir a roupa denominada corpo. Este pertence ao Mundo Material, e o espírito, ao Mundo Espiritual. Quando o corpo, devido à doença ou à idade avançada, torna-se imprestável, o espírito abandona-o e vai para o Mundo Espiritual. Aí ele deve se preparar para renascer no Mundo Material, ou seja, reencarnar. Este preparo constitui o processo da purificação do espírito.
A maior parte das pessoas carrega uma quantidade considerável de máculas, originadas dos pecados. Assim, quando são submetidas ao julgamento do Mundo Espiritual, feito com absoluta imparcialidade, a maioria acaba caindo no Inferno. Devido ao sofrimento da pena imposta, o espírito vai pouco a pouco se elevando, mas os resíduos da purificação dos pecados fluem contínua e incessantemente para os seus descendentes que vivem no Mundo Material. Isso é como uma lei redentora, baseada na causa e efeito, em que o descendente – resultado da soma global dos seus antepassados – arca com uma parte dos pecados cometidos por eles. Trata-se de uma Lei Divina inerente à criação; por conseguinte, o homem não tem outro recurso senão obedecer a ela. Esses resíduos espirituais fluem sem cessar para o cérebro e a coluna vertebral do descendente, e, penetrando em seu espírito, imediatamente se materializam na forma de pus, que é a origem de todas as doenças.
Agora vou falar sobre o segundo tipo de pecados, isto é, os pecados individuais, que todos entendem com facilidade.

Ninguém consegue viver sem cometer pecados. Estes podem ser graves, médios e leves, admitindo cada um desses tipos uma infinidade de classificações. Exemplificando, há pecados contra a lei, contra a moral ou contra a sociedade; pecados de natureza carnal, que se evidenciam nas acções do indivíduo, e também pecados psicológicos, cometidos apenas na mente da pessoa. Conforme disse Cristo, só o facto de desejar a mulher do próximo já constitui crime de adultério. É uma afirmação correcta, apesar de bastante rigorosa. Portanto, embora não se esteja violando nenhuma lei, pecados leves cometidos no dia-a-dia, os quais ninguém considera pecados, como ter raiva do próximo, querer que alguém sofra ou desejar adultério, se forem acumulados por longo tempo, acabarão assumindo proporções consideráveis. Vencer uma competição ou alcançar sucesso na vida, condutas que envolvem disputa e acabam provocando a inveja e o consequente ódio do perdedor, também constitui uma espécie de pecado, pois envolve o ódio. Matar animais, ser preguiçoso e desperdiçado, agredir as pessoas, não cumprir os compromissos, mentir, dormir demais pela manhã, etc., tudo isso são pecados que as pessoas acumulam sem saber. Essa infinidade de pecados leves, acumulando-se ao longo do tempo, refletem-se no espírito em forma de mácula. É comum pensar que os recém nascidos não possuem pecado algum, mas não é bem assim. Todos os homens, até se tornarem independentes, vivem sob a tutela dos pais e por isso devem dividir com eles a carga dos pecados. Poderão entender melhor este raciocínio fazendo uma analogia com as árvores: os pais constituem o tronco, enquanto os filhos são os galhos, e os netos, os galhos menores. Assim, é impossível as máculas dos pais não exercerem influência sobre os filhos.


Os pecados gerados nesta vida tornam-se bem claros através de exemplos. Vou expor alguns deles.
Conheci duas pessoas que, após enganarem a terceiros, ficaram cegas. Uma delas era um especialista em confecção de painéis chamado Kyoguin, o qual residia em Senzoku-cho, Assakussa, Tóquio. Ele produzia quadros falsos com uma técnica aprimorada e fazia painéis novos parecerem antigos, vendendo-os como autênticos. Em poucos anos acumulou considerável fortuna, mas foi acometido de cegueira incurável, vindo, mais tarde, a falecer. Lembro-me de que quando eu era criança ia brincar em sua casa e ouvia as histórias directamente dele. O outro caso ocorreu em Hanakawa-do, também em Assakussa, onde havia uma casa de móveis e utensílios chamada Hanagame. Certa vez, o bonzo responsável por um templo de Shizuoka expôs em Tóquio a imagem principal do templo. Acontece que a exposição foi um completo fracasso e, ficando sem meios para voltar, ele tomou dinheiro emprestado na Casa Hanagame, deixando a imagem como garantia do pagamento da dívida. Após conseguir o dinheiro, foi devolvê-lo, mas Hanagame, o dono da loja, que vendera a imagem, por altíssimo preço, a um interessado, cinicamente alegou que nunca a tivera sob sua guarda. No auge do desespero, o bonzo acabou se enforcando no tecto da referida loja. O proprietário investiu avultosa quantia obtida com a venda da imagem na ampliação dos seus negócios, que foram de vento em popa. Em pouco tempo ele estava milionário. Entretanto, na velhice, ficou cego e seu herdeiro acabou esbanjando toda a fortuna com bebidas e mulheres. Por fim, em estado lastimável de profunda decadência, Hanagame perambulava pela cidade conduzido por sua mulher, também já idosa. Lembro-me de tê-los visto algumas vezes e de ter tomado conhecimento de sua história por intermédio de meu pai. O que ocorreu, só pode ter sido causado pelo profundo ódio do bonzo.
O exemplo que se segue diz respeito ao reflexo dos pecados dos pais sobre os filhos. Refere-se a uma empregada que eu tive, moça de dezessete ou dezoito anos aproximadamente, a qual era cega de um olho. Perguntando-lhe eu a causa desse problema, ela me disse que o filho de um casal para quem trabalhara havia disparado acidentalmente uma espingarda de pressão, atingindo seu olho. Indagando maiores detalhes, eu soube que o pai dela havia enriquecido vendendo coral falso. No início da Era Meiji, por volta de 1867, utilizando látex, ele fabricara gemas falsas de coral. Levando-as para o interior, conseguira vendê-las a preços altos, como se fossem verdadeiras. Acredito que o ódio das pessoas enganadas se reflectiu em sua filha, que acabou perdendo uma vista. Pareceu-me realmente uma pena, pois ela era muito bonita e, se não tivesse esse defeito, teria progredido bastante na vida.
Outro caso é referente a um ancião que veio me procurar por causa de uma dor que sentia no pulso. Ministrei-lhe JOHREI por mais de dez dias, mas ele não apresentava melhora. Intrigado, indaguei-o a respeito de sua fé, e ele me disse que venerava certa divindade há mais de vinte anos. Vendo que estava aí a causa do problema, convenci-o a parar com as orações. A partir desse dia, o ancião começou a melhorar gradativamente; após uma semana, já estava totalmente curado. Portanto, professar uma fé errada ou venerar falsas divindades provoca paralisia ou dores nas mãos, impossibilidade de dobrar os joelhos, etc. Casos desse tipo ocorrem com certa frequência.

Através dos exemplos citados, podemos ver que não se devem menosprezar nem mesmo os pecados cometidos sem querer. As pessoas que sofrem constantes acidentes ou são acometidas de doenças precisam reflectir sobre seus pecados e, encontrando-lhes a causa, regenerar-se imediatamente.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Etiquetas

7 TIPOS DE PAZ (1) A Bird On The Wing (1) A missão do casal (1) Agarre a oportunidade (2) Agricultura Natural (5) Albert Einstein (1) Alegria (2) Alicerce do Paraíso (31) Amor (2) Amor é Deus (2) Amor é Luz (2) Anjo da Guarda (1) Antepassados (3) Aprimoramento (2) árvore genealógica (1) Atami (1) Ateísmo (1) Autodisciplina (1) Bambu (1) belas artes (5) beleza (8) belo (9) Bem (1) Bíblia (1) Bom Senso (1) bondade (1) Buda (2) Buda do Amor (2) Buda Gautama (1) Budismo (2) caliban (1) Casamento (1) Citações (2) Compaixão (1) Conversas com Osho (1) Crise (1) Cristianismo (1) Culto aos Antepassados (2) Cultura (1) Dedicação (1) Deepak Chopra (1) Deus (13) Deus é Tempo (2) Disciplina (1) Doença (6) Doença Espiritual (2) Doença Psíquica (1) Educação (1) Elos Espirituais (4) Encosto (2) Energia (2) Energia Universal (4) Ensinamento de Meishu-Sama (48) Ensinamento de Nidai-Sama (15) Ensinamentos (2) era da luz (17) Era do Dia. Sol (5) Espírito (2) Espírito Guardião (1) Espiritualismo (1) Essência da vida (1) evolução espiritual (3) Fantasmas (1) (7) Fé Daijo (1) Fé Shojo (1) felicidade (23) felicidade no casamento (1) Flor de Luz (7) Força do Solo (1) Força universal (1) Grande Natureza (2) Gratidão (3) Guerra Mundial (1) harmonia na família (1) harmony (4) Honestidade (1) Humildade (1) Igreja Messiânica Mundial (1) Ikebana (4) ÍNDIOS AYMARA (1) Injustiça (1) innocence trip (1) Inspirational (1) inteligência superior (5) Izunomê (1) Izunomê. (5) John Donne (1) journey (1) Justiça (3) Kagami (1) Lago Titicaca (1) Law of attraction (1) Lei da Atração (4) Lei da atracção (2) Lei da Grande Harmonia (4) Lei da Natureza (3) Lei da Sintonia (1) Lei do Universo (3) Livro de Ben Sira (1) Love's Alchemy (1) Lua (1) Mal (1) Materialismo (2) Meditação (1) Meishu-Sama (48) missão (2) moa (3) Mokiti Okada (5) morte (1) mundo da arte (11) mundo espiritual (22) mundo ideal (22) museu (2) Natureza (8) Nidai Sama (11) Nidai-Sama (21) Nova Era (1) O papel da mãe (1) O poder do agora (1) Obra Divina (1) oscar wilde (1) Osho (2) Paciência (1) palestra (4) panache desai (1) paraíso (10) paraiso terrestre (10) paraíso terrestre (8) path (2) Paz (3) Pedra (1) Pensamento (2) Pessoa Simpática (1) Plano de Deus (2) plano divino (13) Pobreza (1) Poder da Natureza (1) Poder do pensamento (2) Poder Invisível (1) Poetry (2) política (2) Prática da Fé (1) Progresso (1) Prosperidade (2) protótipo do paraíso terrestre (3) purificação (3) quotes (7) Razão (1) realism (1) Religião (1) Reminiscências (19) Reminiscências de Meishu-Sama (20) respiração (1) riso (1) romanticism (1) roosevelt (1) Sandai-Sama (4) Saúde (5) segunda guerra mundial (1) Segurança (1) Sentimento (1) Serenidade (1) Servir (1) SETE TIPOS DE PAZ (1) silêncio (1) Simpatia (1) sinceridade (4) Sociedade do Riso (1) solo sagrado de Hakone (2) Sonen (2) Sorte (1) Tama (1) Tamagawa (1) Teatro (1) Tempo (3) Tieshokaku (1) Tolerância (1) Tsurugui (1) união (1) universalismo (2) Verdade (1) vida (2) Vontade (1) Vontade Divina (1) Xintoísmo (1)