Meishu-Sama tinha muitas inspirações artísticas e sempre estava planejando algo novo. Quando iniciava a composição de algum poema, por exemplo, dedicava-se inteiramente a esta realização, com zelo extraordinário. Quando começou a compor Tanka (estilo de poesia japonesa, composta de cinco versos, sendo o primeiro e o terceiro com cinco sílabas e os demais com sete), por não estar ainda habituado, ficava trabalhando até às 2 ou 3 horas da madrugada.
Além dos poemas tradicionais japoneses, Meishu-Sama estimulava seus seguidores a experimentar os poemas Kanku, mais fáceis de serem compostos. Posteriormente, o número de versos desse tipo
de poema aumentou e sua temática passou a ser de humor. Com isso, acrescentou-se a palavra Warai, ficando Warai Kanku (poemas humorísticos).
Meishu-Sama dedicava-se ainda à prosa humorística, incluindo aforismos e paródias. Com isso, mostrava a necessidade do ser humano rir. Ele mesmo tinha um talento especial para irradiar
alegria a Sua volta. Se um indivíduo quer fazer os outros rirem precisa ter jeito, inteligência e uma habilidade natural inata. Indiscutivelmente, Meishu-Sama reunia estas características.
Mesmo quando vivíamos em Omori e as circunstâncias eram extremamente adversas, Ele se empenhou ainda mais para incentivar o riso entre as pessoas próximas, organizando uma sociedade humorística de kanku, a que deu o nome de Showa-kai (sociedade do riso feliz). Dessa forma, estimulava os Seus discípulos a superar as dificuldades e a seguir em frente.
Próximo à Sua residência, alugou uma casa para moradia dos missionários que faziam Seus trabalhos caseiros e se dedicavam diariamente à venda e expansão do nosso periódico na cidade de Tóquio e arredores. Essa casa funcionava com um posto de venda do nosso jornal Aizen. Naquele tempo, as pessoas ainda não compreendiam o real significado da missão de Meishu-Sama, ou de Seus ideais, repugnando nossas atividades.
No início, os membros tiveram inúmeras experiências difíceis, os jovens eram afastados, tratados como mendigos e expulsos de forma grosseira, muitas vezes, até afugentados por cães. Mas a verdadeira fé e o desejo sincero de trabalhar pelo bem toda a humanidade os incentivou com uma enorme determinação. Eles continuaram firmes em seus esforços e o periódico desenvolveu-se até se tornar o nosso jornal atual Eiko.
Foi para encorajar e alegrar essas pessoas que Meishu-Sama criou a “Sociedade do Riso feliz”. Organizava festas em que eram lidas as composições, algumas extremamente engraçadas. Além disso, o orador as lia de tal forma que essas reuniões geralmente eram bem mais divertidas que muitas comédias. Além disso, criava-se um ambiente de muita alegria, o que fazia os membros explodirem em convulsivas gargalhadas, fazendo os seus órgãos doerem de tanto rir. Eu mesma cheguei a ficar com dor nos músculos da barriga durante quase um dia inteiro. Meishu-Sama chegava a derramar lágrimas de tanto rir, limpando o rosto com frequência. E assim, progressivamente, ria cada vez mais de forma contagiante.
Meishu-Sama criava uma atmosfera de intensa alegria, fazendo com que todos os presentes esquecessem seus problemas diários e renovassem a esperança e a disposição para suas tarefas de cada novo dia. Inspirava-os a trabalhar mais e melhor pela causa Divina.
Nidai-Sama
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