Todos se referem à inteligência como se fosse uma coisa
única. Mas ela pode ser de vários tipos, apresentando diferentes níveis de
profundidade.
Dentre as inteligências, as mais elevadas são: a Divina, a
sagrada e a superior. Precisamos aprofundar a nossa própria fé, a fim de
cultivá-las. Elas surgem quando possuímos espírito correcto, que admite a
existência de Deus. Quando há esforço baseado na virtude, esses aspectos
superiores da inteligência se desenvolvem, e a recompensa será a verdadeira
felicidade.
Em nível mais baixo, estão as inteligências calculista,
ardilosa, satânica e outras, que nascem do mal. Todos os criminosos servem como
exemplo. Os delinquentes intelectuais, especialistas em fraudes, possuem-nas em
alto grau. Os conhecidos “heróis” de sucesso passageiro nada mais são do que
portadores, em ampla escala, dessas inteligências nocivas.
É interessante notar que quanto maior for a inteligência do
bem, mais profunda ela é; quanto maior a inteligência do mal, mais superficial.
Basta analisar a vida dos criminosos, desde épocas remotas, para verificar o
que estamos dizendo. Eles fazem planos aparentemente perfeitos, mas que, na
prática, apresentam alguma falha. É essa falha que torna público e notório o
seu fracasso. Por conseguinte, se o homem deseja crescente prosperidade, deve
fazer esforços para aprofundar sua inteligência.
A profundidade da inteligência depende da força da
sinceridade. Assim, conclui-se que o homem cuja fé não é correcta, nada
conseguirá. Tão logo seja aceita essa teoria, desaparecerão os males da
sociedade.
O homem de hoje é superficial. Isto pode ser facilmente
observado por quem examina os vários campos da actividade humana. Os políticos,
por exemplo, só se ocupam de assuntos imediatos; qualquer outro é negligenciado
até que tome vulto. Suas providências assemelham-se aos remédios alopatas:
combatem os efeitos e não as causas. Ora, todo problema surge porque existe uma
causa; nada acontece sem motivo.
A inteligência superficial não consegue prever o futuro,
ficando impossibilitada de estabelecer uma verdadeira política. No jogo de
xadrez, o mestre ganha a partida porque “enxerga” os lances subsequentes; o
novato é derrotado porque não os prevê.
Neste sentido, o homem deve conscientizar-se de que precisa
cultivar as inteligências de nível superior, pois, sem elas, não obterá o
verdadeiro êxito. E devemos compreender que a Fé é o único meio para
adquiri-las.
Meishu-Sama, 25 de maio de 1949
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